domingo, janeiro 29, 2006

Tô tiste!!!... Tô Frustrada!!!...


Tô Tistinha... Tô frustrada... Amuei com o S. Pedro... Ou será que é com o governo??? Que coisa!!! Tudo se passa em Lisboa... Tudo que é evento fica por Lisboa... Caramba... Até a neve tem que cair em Lisboa?!?!?!? Nem um pouquinho vem para o Porto?!?!?!?!? Buáaaaaaaaaaaaaa :(((((((((((((

Neve!!!



Hoje nevou no “meu” Ribatejo!
Espectáculo lindo de se ver precisamente porque é pouco usual por aqui.
Caía em farrapitos brancos, brancos, brancos.
Quando chegava ao chão desfazia-se, mas a leveza com que o fazia era indescritível.
Amontoou-se nos carros, nos telhados, nos campos e nas árvores.
Na rua viam-se crianças, adultos novos e velhos a brincar, a passear, a rir.
Um espectáculo raro e breve e que por isso mesmo um dos mais belos dos últimos tempos.

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Homem/Menino

Fala-se muito hoje sobre “integração”.
Desde que me lembro de o ouvir que me sinto “incomodada” com este termo.
Se há “integração” é porque há exclusão, diferença e eu não entendo isso.
Afinal as pessoas que mais nos deixaram marcas ao longo da nossa vida sempre foram as que consideramos diferentes.
Fico mesmo confundida. Entendemos o que é normalidade por oposição à anormalidade, à diferença.
Quando iniciei a minha carreira profissional era uma miúda. Na altura acho que nem tinha muita consciência da responsabilidade enorme que tinha nas mãos.
Comecei a trabalhar com um grupo de jovens adolescentes “diferentes”.
Dentro da escola eles eram todos “normais”. Todos tinham um handicap, logo todos “normais”.
Também naquele grupo de jovens “normais” existiu um que me marcou pela “diferença”.
O Paulo, era (é) um homem a que chamo “homem menino”. Era um menino que vestia o corpo de homem. E que homem! Todo ele era (é) enorme.
O Paulo é surdo (não severo) e tem um défice cognitivo ligeiro.
Na realidade o seu maior obstáculo, o que não o deixa “caminhar”, é a sua surdez, não o seu défice cognitivo.
Nunca aprendeu linguagem aumentativa nem língua gestual. A sua comunicação é muito pobre. Aprendeu a comunicar gesticulando ao mesmo tempo que lhe juntava uma tentativa de articulação verbal. Ou seja, só mesmo quem está “ à sua volta” o entende.
É também muito desconfiado… Não ouve mas imagina que ouve e como não percebe, considera que o estarão sempre a criticar. Logo zanga-se e muito.
Tinha grandes ataques de fúria, por variadíssimas razões.
Durante vários anos tentei acalmar as suas fúrias. Tentei introduzir-lhe a língua gestual. Se a aprendesse poderia “fazer-se ouvir e ouvir melhor”.
A prendeu algumas coisas e alargou o seu campo de acção. Tornou-se mais autónomo, mais capaz.
Ao longo dos anos fui “crescendo” com o Paulo. Consegui que me transmitisse o que sentia e porque se enfurecia tantas vezes. Um dia consciencializei que o Paulo tinha grandes angústias. Queria casar, apaixonar-se, ter filhos, trabalhar. Mas ao mesmo tempo queria também continuar a jogar consola, game-boy, brincar às escondidas, à bola. O Paulo estava a “crescer”, a amadurecer. Afinal o Paulo também “crescia”…
Temos diferença de 3 anos de idade. As angústias do Paulo tinha-as tido por volta dos 12/13 anos e ele tinha 20, mas o que é um facto é que ele “crescia”, mais lentamente, mas “crescia”.
Ontem vi o Paulo. Não o via à 8 anos. Mais magro, cabelos brancos, ligeira calvice. Deu-me um abraço do tamanho do mundo, soltou uma gargalhada que ensurdecia. De repente tive que por à prova o que ainda sei de língua gestual (tenho que me reciclar!) porque o Paulo começou-me num atropelo de “palavras” que eu só entendia os inícios de frase.
Pelo meio dizia-me para eu ir lá a casa, a nova, que agora já tem outra, com 2 assoalhadas só para ele. Um quarto e uma sala só para ver tv, vídeos, jogar computador e consola. Disse-me ainda com um enorme sorriso que tinha namorada e que qualquer dia casava.
Ontem tive a certeza que o Paulo, o “homem menino”, tinha crescido. Marcou-me pela sua DIFERENÇA.

segunda-feira, janeiro 23, 2006

Amor... Uma Bola de Neve...


Já falei algumas vezes sobre a dor de acabar um amor... Todos sabemos o quanto doi, o quanto se sofre, o quanto nos sentimos na solidão... O fazer o luto, a saudade e tudo o mais...
Mas também é verdade que ressuscitamos sempre perante um dia de sol inesperado... Mas nunca nos lembramos disso... A alegria quando nos bate à porta não causa tanto alvoroço quanto a tristeza...
Erguermo-nos de um amor é tão bom, quanto amar de novo... Entender que já não doi mais, que não ficamos mais no sofá com aquela dor da perca... Que não temos força para nos levantar-mos e procurar-mos ser felizes outra vez...
Mas... Um dia... Sem a menor explicação, voltamos a ser felizes de novo...
Vem o prazer da cura... A ferida que se sarou... Um olhar de novo para o horizonte e perceber o quanto vale a pena viver... O quanto vale acreditar... Ver as coisas que não demos valor a sorrirem para nós...
Foi isto que aconteceu comigo...
Hoje começa uma nova etapa da minha vida...
A ela me vou agarrar e viver de novo... :))

quinta-feira, janeiro 19, 2006

Sonho...

Sonho, a gente só se dá conta dele depois que acorda, depois que ele acabou...
E fica aquela vontade na gente de sonhar mais um pouquinho.
Existem pessoas que são um sonho.
Um sonho pelo qual a gente dormiria a vida inteira.
Mas o destino vem e nos acorda violentamente...
E nos leva aquele sonho tão bom...
Existem pessoas que são estrelas.
Doces luzes que enfeitam e iluminam as noites escuras de nossas vidas.
Mas vem o amanhecer e nos rouba com toda a sua claridade aquela estrela tão linda.
Existem pessoas que são flores.
Belezas discretas que alegram o nosso caminho.
Mas com o tempo, as flores murcham, e nos enchem de saudade de sua cor e de seu perfume.
Existem, finalmente,as pessoas que são simplesmente amor.
Um amor doce como o mel de uma flor...
que desabrochou numa estrela e que veio até nós num lindo sonho!
E ainda bem que são amor, porque flores, estrelas ou sonhos, mais cedo ou mais tarde, terminam... mas o amor... o amor não termina nunca...
(Autor desconhecido)

quarta-feira, janeiro 18, 2006

Rosas Vermelhas...

O texto por si diz tudo.
Dedicado aos meninos que acompanho e que já acompanhei...

“Crescem no teu jardim rosas vermelhas. Rosas lindas e macias, encharcadas de perfume. Sorris, porque a flor é pura, é perfeita e tu ajudaste-a a crescer.
Reparas que entre as tuas rosas vermelhas, bem lá no meio uma delas se curva envergonhada. Com atenção e cuidado observas o seu caule frágil, que a impede de seguir as outras no seu esplendor.
Que fazes então?
Ajudas a flor a crescer, amarras-lhe uma estaca para a proteger, ofereces-lhe o teu toque carinhoso, a tua paciência e dedicação. Claro, pode até crescer com menos fulgor que as outras, mas destes a oportunidade de, também ela, se tornar numa linda flor.
E tu tens a certeza de que ela vai ser uma rosa vermelha, macia e perfumada, embora um pouco mais frágil.”


Texto de Diana Felizardo, in
“Combater as Dificuldades de Aprendizagem”- Texto Editora

segunda-feira, janeiro 16, 2006

Um Pouco de Mim...

Hoje apetece-me escrever um pouco de mim... Um questionário pessoal...

Nome: Apenas Nina...
Como gosta de ser chamada: de Nina mesmo...
Nascimento: 23/07/1962
Signo: Leão...
O que faço: Mediadora Imobiliária...
Cor favorita: Preto e azul marinho...
Comida: Toda... vegetariana incluída...
Carne ou peixe: Carne...
Bebida: Água...
Café ou chá: Café (muito)...
Música: Tantas... Mas a que mais me toca sem dúvida é o Momento...
Personalidade: Forte, determinada, apaixonada pelas pequenas coisas da vida, emotiva, sensivel e teimosa o quanto baste...
Felicidade: Encarar a vida de uma forma leve, sem comodismo, aproveitando o melhor que a vida nos dá...
Amizade: Existe, sem dúvida que existe... Porém, rara... Ouço, estou presente, ajudo e falo, mesmo o que não querem ouvir...
Melhores amigos: Meus filhos, a Tretas e mais alguns, poucos...
Falsidade: Presente, mas incompreensível...
Amor: Tal como a amizade também existe...
Namoro: Troca, cumplicidade, companheirismo, compreensão,
Traição: Uma dor sem descrição...
Perdão: Necessário...
Diversão: Cinema, livros, ouvir música...
Filme: O piano...
Livro: A cidade e as serras...
Frase: Nada acontece por acaso...
Conselho: Não gosto de receber nem dar, se não for pedido...
Momento inesquecível: Tantos...
Família: Não vivo sem eles...
Vencer: Relativo...
Viver: Uma vitória...
Solidariedade: Amor...
Drogas: Já provei e não gostei...
Sonho: Amar e ser feliz... nem que seja qd tiver 80 anos...
Ilusão: Acreditar que todos são sinceros e desinteressados como eu...
Medo: De magoar alguém especial...
Ciúme: Quanto baste e muito pontualmente...
Dinheiro: Importante, mas sozinho não vale muita coisa...
Destino: Metade consequência das nossas atitudes presentes, metade consequência de outras vidas...
Passado, presente ou futuro: Futuro construído a partir do passado e, principalmente, do hoje...
Lugar: Uma praia, seja ela qual for...
Adoro: O mar e o cheiro a maresia...
Odeio : Hipocrisia gratuita...
Admiro: A lealdade nas pessoas...
Repudio: Pessoas dissimuladas, falsas moralistas...
Qualidade: Sinceridade...
Defeito: Sou teimosa...
Viagem: Pirinéus... Andorra...
Receita de bem-estar: um incenso... uma vela... uma música...
Filosofia: Fazer aos outros tão somente o que eu gostaria que me fizessem a mim...
Animal: Os dos outros são muito giros... mas tenho uns peixitos...
Mania: Falar demais por vezes...
Parte do meu corpo: Olhos, falam por mim...
Perfume: Cacharel...
Pecado: Há??
Homossexualismo: Respeito...
Inimigos: Procuro não ter...
Roupa pra dormir: T-shirt...
Paixão: Excelente se for seguida por amor...
Mensagem: “Tudo vale a pena se a alma não é pequena”...
E-mail:
momentosraros@sapo.pt
Copo cheio ou vazio: meio-termo...
Lençóis lisos ou estampados: Lisos, azuis...
Saudade: Dor que aperta o peito...
Chorar: Faz bem ao corpo, à mente e ao coração....
Retrato de ontem ou espelho de hoje: Espelho de hoje, sempre hoje...

domingo, janeiro 15, 2006

O Fim de Semana...

sábado, janeiro 14, 2006

Sem Tempo Para Crescer...

Todos os dias eu e o meu filho mais novo cumprimos um ritual: levanto-o da cama bem devagarinho, ponho-o no meu colo e ele, sem abrir os olhos, aninha-se enquanto lhe dou beijinhos.
Hoje mais uma vez o ritual aconteceu.
Mas, desta vez, disse-lhe baixinho: “Bebé da mãe, não cresças. Fica sempre pequenino, qualquer dia não cabes no meu colinho.”
Levantou a cabecita e ficou com os olhos muito arregalados a olhar para mim.
Assim ficou durante uns momentos, para mim uma eternidade pois estava ansiosa para saber o que me diria.
De repente disse-me, com aquela vozita meia de bebé meia de criança: “Tá bem. Mas olha, fico com um problema.”
Fiquei espantada com a resposta e ao mesmo tempo curiosa.
“Então?” perguntei.
“É que depois não sei se vou ter tempo para crescer quando morreres, sabes, crescer assim tudo tão depressa!”

sexta-feira, janeiro 13, 2006

1 Mês e 6 Dias...

Desde que me lembro de mim que me lembro de percas.
Tinha 3/4 anos quando percebi o que era a morte. Lembro-me que me fazia uma enorme confusão quando perguntava aos meus pais pela Bárbara e pelo Zé e eles me diziam que tinham “partido para sempre”. Eu insistia, para ver se tinha percebido bem, e voltava a perguntar: “quando voltam?”
Com o tempo fui percebendo o que queria dizer aquele “partir para sempre”.
Quando finalmente consciencializei instalou-se a dor, a saudade permanente.
O tema morte em si não me incomoda de todo, nem a minha morte me incomoda.
Mas a morte dos outros, dos que me são queridos, essa não a suporto.
Com a idade tenho vindo a perceber que cada vez menos suporto ouvir a noticia…
Cada vez mais evito o confronto comigo própria quando recebo a noticia, ou quando sei que brevemente a terei que ouvir.
Durante vários anos a noticia era normalmente sobre alguém mais velho.
Hoje é sobre mais novos ou outros da minha idade.
Cada vez mais é insuportável.
Há 1 mês e 6 dias chegou-me novamente a noticia…esta sabia há alguns anos que seria inevitável, mas acreditei sempre até ao fim que nunca a receberia, nunca!
Mas recebi…
Este verão, quando estávamos de férias o meu amigo Zé tentou de diversas formas preparar-me para a sua “partida para sempre”.
Recusei-me a ouvir. Não quis, barafustei com ele, zanguei-me, chorei, não admiti que ele tinha razão… Não suportava a perca de mais um amigo, um grande amigo, o meu amigo dos jogos de póquer, dos passeios, das conversas sobre todo o tipo, dos abraços, das brincadeiras e de tantas outras coisas.
Não fui ao funeral dele. Não consegui. Não suportei.
Mesmo sabendo que ele queria que eu fosse (achava que seria uma boa forma de eu fazer o luto, de encarar a realidade), não fui.
Ontem, em conversa com uma mãe que perdeu a sua filha bebé, ela dizia-me que agora era mais difícil do que quando lhe deram a noticia. Entendia-a muito bem. No momento é a dor que se instala, a angustia, o aperto no estômago que não deixa passar nada, a prostração, o não nos sentirmos bem em lado nenhum… No agora é a saudade, a fantasia. Como seria agora? O que faria agora? Andaria triste? Andaria contente?
Perguntas que ficarão para sempre sem resposta…
No agora existe ainda a sensação do que se podia ter feito e não se fez, do que se poderia ter dito e não se disse...
Não vi mais o Zé desde o Verão. Não queria. Não queria assistir à sua partida progressiva. Falávamos muito, por telefone. De vez enquando dizia-me para passar lá por casa, até ficava no caminho do infantário. Nunca fui.
Tenho a certeza que ele me entendia. Eu queria estar com ele (e estava), só não suportava vê-lo. Porque não suportava encarar, admitir que ele tinha razão.Hoje, passados 1 mês e 6 dias resolvi escrever…mas mesmo assim ainda há muita coisa que não consegui tirar de dentro de mim. Tenho medo, um medo terrível das percas. Com o tempo fui fechando cá dentro tudo o que sinto em relação a isso. Bem fechado. Até para mim.

quarta-feira, janeiro 11, 2006

Espelho...


Já me têm chamado Madre Teresa de Calcutá... não me incomoda de todo esse facto... Até encaro como elogio, sinal que sou boa ouvinte e de confiança... Por isso mesmo, hoje recebi uma série de sms de uma pessoa amiga, que todas juntas vou reproduzi-las aqui... Foi um desabafo dessa pessoa... E é para pensar mesmo...
"Costumo dizer que os outros são o nosso espelho. É neles nos revemos. É com eles, que vamos aferindo o que somos. Cada um consoante o que mais valoriza, avalia o outro a sua imagem. Para uns somos inteligentes, para outros limitados. Para uns somos impecáveis, para outros intragáveis. Mas o que verdadeiramente importa é que temos um feed-back. Isso proporciona-nos segurança. Sabemos, conhecemos o caminho que seguimos consoante o espelho que temos na frente.
O que sucede quando não existe este feed-back, quando o que existe é a ausência total de resposta (de espelho)?
Sentimos o vazio, a indiferença, o desprezo. A ausência de retorno acontece quando o outro não nos diz nada, nada significa para nós. A mulher que vemos na esquina é-nos indiferente ou talvez não. Até sobre ela podemos tecer uma imagem ainda que incipiente. A indiferença é o pior que se pode sentir pelo outro. Significa que nem reparamos nele."

terça-feira, janeiro 10, 2006

Desculpem...


Pois... vou dormir... Não sei de todo o que escrever... Saber até sei... Mas não me apetece ainda... Amanhã talvez... Quem sabe...
A Tretas também parece que resolveu entrar de férias e nem uma mãozinha dá... Ai Ai... Fazer o quê?... Assim sendo, prometo que amanhã deixo qualquer coisita com mais Treta ou menos Treta... :-)))
Façam o favor de serem felizes... :-)))

sábado, janeiro 07, 2006

Vida...

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Bem Estar....

Hoje apetece-me escrever… Não sei bem o quê… Nem tão pouco se o deva… Mas apetece-me… Há dias que venho acordando com uma sensação de bem estar… De tranquilidade… Na realidade de paz… Muita paz mesmo… Consigo ver o sol… os passarinhos e até os ouço cantar logo cedo… Vejo tudo mais límpido… Mais cristalino… Estou mais serena… Mais condescendente… Não vejo mais o lado negro das coisas… Observo tudo com uma magia transparente… Sinto-me assim neste começo do ano… E assim pretendo ficar… E vou ficar…

segunda-feira, janeiro 02, 2006

Ano Novo...


Entrei o ano novo feliz...

Uma felicidade calma, aconchegante, carinhosa, tenue, doce, apaixonante...

Mas também...

palpitante, ofegante, excitante...