terça-feira, fevereiro 27, 2007

A Bela e o Monstro







A história que aqui vou publicar não é nova. Tod@s a conhecem. A novidade prende-se com a adaptação que foi feita da história original. Uma amiga muito querida de 10 anos, a meu pedido, "transformou-a" por palavras suas. Não se pense que é fácil. Ela tentou e eu publiquei. Espero que gostem.

Bela e o Monstro

Era uma vez um monstro que um dia prestou ajuda a uma velhinha. Só que esta era uma bruxa e ajudou o monstro: Pela tua ajuda ofereço-te a viver uma vida nova como um príncipe.

A transformação foi imediata! O destino do príncipe ia ficar ligado.

Só aos 21 anos ia ser um príncipe…Se antes disso alguém casasse com ele nunca mais se tornaria um Monstro.

– E o príncipe agradeceu…

Anos depois, numa aldeia próxima, já tinha esquecido o sucedido. Ali residia Bela, moça bonita, que gostava muito de ler e que era cortejada por diversos moços.

Uma noite Maurício, o pai de Bela, perdeu-se no Bosque e, depois de muito caminhar, chegou ao castelo do príncipe. Chamou, chamou e, como ninguém acorresse e a porta estivesse aberta, entrou e sentou-se junto da lareira, para se aquecer.

- O que estás a fazer em minha casa, velho! - Gritou o príncipe.

- Sou um inventor... suplicou Maurício.

- Deixe-me ir embora...

-Não é preciso ires embora…Podes cá ficar o tempo que quiseres!

Dias depois, Bela entrou no castelo, quando andava desesperada em busca do pai.

-Alguém me ouve? O príncipe apareceu e levou-a ao quarto do pai.

-Podes te ir embora agora já tens a tua filha!

Noite dentro, o príncipe disse para ele mesmo. Eu adoro-a!!!

Com pena de Bela, conduziu-a a um grande e confortável quarto. Deu-lhe de comer e portou-se com a máxima educação. E ofereceu-lhe um lindo vestido.

No dia seguinte, ao entrar na biblioteca do castelo, ficou espantada.

- Nunca vi tantos livros. Já os leu todos?
–Não, respondeu o príncipe.

- Creio que é mais humano do que aparenta, senhor!

-Não é preciso me chamares príncipe nem senhor…Chama-me Alberto.

Continuando, mostrar-lhe o castelo, entraram na sala aonde se encontrava a planta mais linda de todo o mundo.

- É sua?

-É, porquê?

-É tão gira…

E o príncipe resolveu perguntar-lhe!

Agarrou nas mãos de Bela e perguntou-lhe:

-Queres namorar comigo?

-Sim, respondeu a Bela.

E assim os dois viveram felizes para sempre…

E assim o Príncipe nunca mais se tornou monstro.

Adaptado por Mafalda, 10 anos, 5º ano de escolaridade

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

SOLLLLLL






Toma lá este sol à maneira! E já agora importas-te de mudar o meu nick??? maria??? não há pachorra!

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Dias cinzentos...


São dias cinzentos os que vivo neste momento... Por muito que o sol tente brilhar, eu vejo tudo cinzento... As pessoas, as situações, os objectos, tudo... Tudo é cinzento... O coração também... O sangue que corre nas minhas veias também virou cinzento... Estranho este cinzento que me acompanha... Não consigo ver cor... Apenas um cinzento, que teima escurecer... :((((((

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Construa-me uma ponte

Há duas semanas recebi um pedido para "fazer acompanhamento" a um bebé (2 anos) com Autismo.
Esta problemática só recentemente tem sido mais estudada e, aparentemente, "resolveu aparecer" com mais frequência nestes últimos anos. Docentes e Pais sentem-se "perdidos" perante uma criança com autismo. Como educar? O que fazer? É igual aos outros? Não se quer sentar, obrigo-o? Quando se abana, que faço?...
Estas são as perguntas mais frequentes que fazemos. Foi com estas, também, que a Educadora e Pais do Zé me "assaltaram". Lá expliquei no que consistia esta problemática e "despejei" tudo o que sabia sobre comportamentos e relações que uma criança autista estabelece.
No fim, lembrei-me de um poema escrito por um jovem autista, mostrei-lhes, achei que lhes daria uma nova perspectiva do síndrome.
Deixo-o aqui também, quem sabe não ajudará alguém?

Construa-me uma ponte

Eu sei que você e eu
Nunca fomos iguais.
E eu costumava olhar para as estrelas á noite
E queria saber de qual delas eu vim.
Porque eu pareço ser parte de outro mundo
E eu nunca saberei do que ele é feito.
A não ser que você me construa uma ponte, construa-me uma ponte,
Construa-me uma ponte de amor.

Eu quero muito ser bem sucedido.
E tudo o que preciso é ter uma ponte,
Uma ponte construída de mim até você.
E eu estarei junto a você para sempre,
Nada poderá nos separar.
Se você me construir uma ponte, uma pequenina ponte, minúscula ponte
De minha alma, para o fundo de seu coração.

McKean
Autista, 28 anos, escritor

domingo, fevereiro 11, 2007

Será que começa a valer a pena ser portuguesa?

Hoje sinto-me bem... Sinto-me mais mulher... Nunca escondi que sou contra o aborto... Mas que sou a favor da despenalização do mesmo... Ninguém tem o direito de condenar uma mulher por o fazer... A condenação já está feita quando a mulher o decide fazer... Mas hoje, sinto-me mais mulher e mais portuguesa... Sinto que uma nova mentalidade nasce, que a hipocrisia, os falsos moralismos e a tacanhez de um povo que insiste viver numa mentalidade retrógrada baixaram neste referendo... Que venha o próximo... Sobre eutanásia, casamento entre o mesmo sexo, o direito de adopção por homossexuais... Aproveitemos o embalo...

domingo, fevereiro 04, 2007

Grande Verdade...

"Para mim os homens caminham pela face da terra em fila indiana.
Cada um, carregando uma sacola na frente e outra atrás.
Na sacola da frente, colocamos as nossas qualidades. Na sacola de trás, os defeitos.
Por isso, durante a jornada da vida, mantemos os olhos fixos nas virtudes presas em nosso peito. Ao mesmo tempo, reparamos impiedosamente nas costas do companheiro que está adiante, todos os defeitos que ele possui. E nos julgamos melhores que ele, sem perceber que a pessoa andando atrás de nós está pensando a mesma coisa a nosso respeito."
(autor desconhecido)