sexta-feira, outubro 14, 2005

Vai de férias... E pede-me um texto...

Um texto da EDUCADORA, porque eu estou de férias...

Penso para mim: ok ok ok, está de férias, bem merecidas….
Mas… que texto??? Esta “coisa” de se escrever “à pressão”….
Lembrei! Os comentários do texto da Educadora…
Muito bem, vou por aí.
Informação versus Formação.
A Ministra da Educação “mandou”, que os docentes “fizessem” horas não lectivas na Escola, chamadas de “estabelecimento de ensino”.
O princípio até é bom… mas tudo o que é imposto corre o perigo de ficar corrompido.
Mas pronto, voltemos ao tema: Informação versus Formação.
É um facto que hoje já existe muita informação e também é um facto que ficamos com isso, com a informação, portanto não se vê a mudança.
Onde falha?
Penso que a falha está na formação.
Formação desde que somos pequenos e que deveria perdurar/continuar durante toda a vida.
Mas a formação (ao longo da vida) de que falo tem que “vir de dentro”. Temos de nos sentir receptivos a.
Portugal teve, durante largos anos, a oportunidade de o fazer. Falhou. Porquê? Porque a ideia de formação (autoformação) ficou corrompida a partir do momento em que foi exigido que para se ter progressão na carreira teria de se “fazer formação” (apresentar créditos).
Agora as ditas horas de Estabelecimento de Ensino… Projectos a apresentar ao Ministério até 15 deste mês… Veremos o que sai… Aposta-se muito nas aulas de substituição, nos clubes disto e daquilo…
Não vejo é ninguém apostar na ligação Escola/Comunidade/Família.
Pois é, Portugal é o único País da Europa com taxa de analfabetismo real. Nem falo dos altos níveis de Iliteracia… Sim, porque é aqui que reside o grande problema, na Iliteracia. Temos adultos a sair das faculdades que não sabem interpretar um texto, temos grandes construtores e afins que nem uma letra sabem ler.
Mas a aposta continua a ser…? Nem sei! Na formação é que não é!
Angola, País subdesenvolvido, tem neste momento uma grande empresa a apostar na Literacia das suas secretárias (muitas delas com ensino superior). Inglaterra há muito que aposta nisto. Todas as crianças quando iniciam a escolaridade tem um livro todas as semanas para ler juntamente com a sua família. Têm também um tutor que se desloca a casa para “formar” Pais (se Maomé não vai a montanha, vai a montanha a Maomé). Uma das formas de se ver se um País é desenvolvido é através dos níveis de Literacia. Por mim a aposta vai mesmo para a formação!